sábado, 10 de outubro de 2009

E o próximo single do Arctic Monkeys chama-se... "Cornerstone"


E o próximo single dos Arctic Monkeys chama-se... -
E o próximo single do Arctic Monkeys chama-se...
"Cornerstone" é segunda amostra de Humbug . Ouça-a aqui e diga de sua justiça: é a escolha mais acertada?
O próximo single do Arctic Monkeys chama-se "Cornerstone" e é editado na segunda quinzena de Novembro.

Depois de "Crying Lightning", os ingleses apostaram numa das músicas mais delicodoces do seu terceiro álbum, que em breve deverá ter direito ao habitual vídeo.

A acompanhar a edição, física e digital, de "Cornerstone" como single, estarão 
três temas novos : "Catapult", "Skethhead" e "Fright Lined Dining Room".


Arctic Monkeys - Humbug
BLITZ #39: Arctic Monkeys - Humbug -
Meninos de barba rija.

23 anos é a idade média de Alex Turner, Jamie Cooks, Matt Helders e Nick O'Malley, os quatro rapazolas mais ingleses que o "fish and chips" que, desde 2006, dominam o indie rock das ilhas britânicas com um som que se encaixa no revivalismo rock transatlântico, ao mesmo tempo que lhe acrescenta vários traços de personalidade própria. Um deles é a lírica, forte e cativante, do vocalista Alex Turner, talento que terá, de resto, convencido Josh Homme, dos Queens of the Stone Age, a produzir-lhes o terceiro álbum. Outro é a jovialidade que decorre daquela idade média, mas não só, e que em Humbug (arcaísmo "brit" usado com o sentido de "disparate!") é parcialmente estilhaçada num mar revolto de canções ainda directas (uma das principais virtudes da banda), mas mais sinuosas, psicadélicas e libidinosas. Só coisas boas, pois claro.

A mudança, antecipada pelo single "Crying Lightning", no qual o sol só brilha, e a espaços, no refrão, encontra eco em "My Propeller" - quer numa quer noutra faixa, é até complicado reconhecer o tagarelar juvenil de Alex Turner numa voz que corre espessa e insinuante. Tóxico em "Dangerous Animals", "Potion Approaching" ou "Pretty Visitors" (esta última, ainda assim, mais próxima do cânone do grupo) 
Humbug deve mais ao universo "noir" dos Last Shadow Puppets (a segunda banda de Alex Tuner), à inspiração retro de Richard Hawley ou ao neo-psicadelismo dos The Coral do que aos anteriores tomos dos Arctic Monkeys. Também o cavalheirismo a que os Blur por vezes se entregam (ver "To The End", por exemplo) levanta a cabeça na emocional "Cornerstone", mais uma razão, algo inesperada, para sorrir.

E depois há Josh Homme, claro, que não tendo feito do Arctic Monkeys uma simples sucursal dos Queens of the Stone Age, emprestou-lhes uma bem-vinda dureza e a baforada quente do deserto onde tem por hábito gravar as suas sessões. Ao terceiro disco, é caso para dizer que o Arctic Monkeys ganharam barba rija mas continuam a ser uns meninos. E isso é ótimo.
BLITZ #40: Arctic Monkeys - Reis do Deserto -


 No terceiro disco, o quarteto maravilha do novo rock britânico decide seguir por um entrosamento diferente...
A nova coleção de canções dos britânicos Arctic Monkeys - a exportação rock de que os ingleses mais se orgulham desde há três anos - é curta e simples, mas encerra em dez canções mudanças de fundo quanto à sonoridade a que o quarteto de Sheffield tinha habituado os seus fãs. A estas transformações, mais que previsíveis dado a passagem dos Monkeys de jovem promessa a valor seguro, não será alheio o trabalho com um nome que pontuou desde o início da banda (em 2002) na lista de influências dos quatro (novos) fabulosos: Josh Homme. O líder dos Queens of the Stone Age, cabecilha dos Eagles of Death Metal e responsável pelas cada vez menos underground Desert Sessions, levou o Arctic Monkeys na viagem de uma vida até ao deserto californiano. O resultado chama-se Humbug e junta canções menos agressivas que as presentes nos álbuns antecessores mas igualmente diretas ao assunto (só "Dance Little Liar" e "Jeweller's Hands", o tema que encerra o disco, passam a marca dos quatro minutos de duração).

O trabalho que Alex Turner desenvolveu com o projeto paralelo The Last Shadow Puppets parece ter influenciado em grande a sonoridade deste novo 
Humbug . Em entrevista à revista Mojo, Alex Turner não hesita em exaltar o protagonismo que a melodia ganhou numa sonoridade mais pensada, sem medos de se afastar do rock que caracterizava os discos anteriores. "Os dois primeiros eram como doces mascáveis instantaneamente maleáveis e rapidamente digeridos, enquanto que este é talvez um doce cozinhado, como uma tarte de frutas", explica o músico. Turner assegura que este foi o primeiro álbum em que se sentiu verdadeiramente à vontade a cantar. "Nunca senti que soubesse cantar. Quando começamos a banda foi mais para preencher a vaga, de certa forma. Gostaria de ter encontrado um líder - um fantoche - atrás do qual me pudesse esconder. Acho que nos cansamos de procurar e eu disse: "OK, pronto. Eu faço"", assume o cantor.

Quando o Arctic Monkeys finalizaram a turnê de promoção a 
Favourite Worst Nightmare , o segundo álbum de originais, colocaram também um ponto final em dois anos intensos de gravações e concertos (apenas um ano e três meses decorreram entre a edição do primeiro e do segundo registo). A vontade de voltar ao estúdio não seria muita, mas o vocalista Alex Turner consegue identificar o momento exacto em que a banda decidiu fazer as coisas de forma diferente desta vez. "Houve um ponto de viragem neste disco: quando eu perdi uma mala que tinha lá dentro um livro de notas que teriam sido as canções no álbum, mas penso que provavelmente esta perda levou à realização de alguns trabalhos que de outra forma se teriam evaporado". 


Arctic Monkeys são os mais nomeados para os prêmios Q [veja aqui toda a lista de nomeações]
Oasis, Muse, Florence and the Machine e U2 também nomeados. Vencedores conhecidos a 26 de Outubro.
O Arctic Monkeys são a banda mais nomeada para a edição deste ano dos prémios da revista Q: arrecadam quatro nomeações, entre as quais a de melhor álbum e melhor banda do mundo da actualidade. A novata Florence and the Machine segue logo atrás com três nomeações.
Oasis, Muse, U2 e Kasabian são outros dos nomeados e as várias categorias serão votadas diretamente pelo público (siga este link para votar ). Os vencedores dos Q Awards serão revelados numa cerimónia que se realizará em Grosvenor House, Park Lane (em Londres) a 26 de Outubro.
Eis a lista completa dos nomeados:
Banda Revelação
White Lies
Friendly Fires
Empire Of The Sun
Passion Pit
The Dead Weather

Artista Revelação
Florence and the Machine
Lady GaGa
La Roux
Mr Hudson
Pixie Lott

Melhor Canção
Kasabian - "Fire"
Muse - "Uprising"
Arctic Monkeys - "Crying Lightning"
Dizzee Rascal - "Bonkers"
Noisettes - "Never Forget You"
Lily Allen - "The Fear"

Melhor Vídeo
The Dead Weather - "Treat Me Like Your Mother"
Dizzee Rascal - "Holiday"
Florence & The Machine - "Drumming Song"
Mika - "We Are Golden"
Lady GaGa - "Just Dance"

Melhor Banda Ao Vivo
The Prodigy
U2
Oasis
Kasabian
Arctic Monkeys
Blur
Take That

Melhor Álbum
Arctic Monkeys - 
Humbug
U2 - 
No Line On The Horizon
Florence and the Machine - 
Lungs
The Prodigy - Invaders Must Die
Kasabian - West Ryder Pauper Lunatic Asylum
Melhor Banda do Mundo da Atualidade
Kings Of Leon
Arctic Monkeys
Oasis
Coldplay
Muse





Nenhum comentário: