sábado, 4 de julho de 2009

Michael Jackson trabalhava em dois álbuns, diz Billboard

Michael Jackson trabalhava em dois álbuns, diz Billboard


sexta-feira, 3 de julho de 2009

Por Mariel Concepcion

NOVA YORK (Billboard) - É fato sabido que quando Michael Jackson morreu, na semana passada, ele estava se preparando para uma série de 50 concertos em Londres, que começaria este mês. O que pouca gente sabe, e que vem motivando especulações, é o tipo de gravações que o ídolo vinha fazendo nos últimos anos.

A Billboard descobriu que o cantor estava trabalhando em dois álbuns no momento de sua morte: um no veio pop que o tornou famoso e outro que consistiria em uma composição instrumental clássica.

E, enquanto alguns pensam que o astro queria recapturar seus tempos de glória dos anos 1980 -- ou resolver seus problemas financeiros --, as pessoas que trabalharam com ele recentemente dizem que ele era motivado por seus fãs e seus filhos.

Jackson estava trabalhando em um álbum pop com o compositor Claude Kelly e o astro de R&B Akon, que diz que Jackson estava motivado pelas vendas de ingressos para seus shows.

"Ele falou: 'Meus fãs ainda estão aí fora. Eles ainda me amam. Ainda estão vivos'", disse Akon. "Seus filhos eram sua primeira prioridade e nunca o tinham visto apresentar-se ao vivo. Ele estava tentando criar o espetáculo mais incrível para seus filhos."

Kelly, que escreveu "Hold My Hand", a faixa de Jackson produzida por Akon que vazou no ano passado, afirmou que Jackson nunca perdeu sua paixão pela música.

"Ele era o Rei do Pop, e uma coisa que você nunca perde -- quer seja conhecido pelo mundo inteiro ou apenas por dez pessoas -- é o amor pela música", disse Kelly. "Isso nunca desaparece, e nunca desapareceu para ele, mesmo em meio a todos seus problemas."

O compositor David Michael Frank tinha trabalhado com Jackson num tributo a Sammy Davis Jr. feito para a TV em 1989 e recebeu uma ligação do assistente do astro, dois meses atrás, convidando-o a colaborar de novo.

Jackson convidou Frank a ir a sua casa em Holmby Hills, em Los Angeles, e lhe disse que estava trabalhando em um álbum instrumental de música clássica e pediu ajuda com a orquestração.

"Ele tinha dois demos de duas peças que tinha composto, mas não estavam completas", diz Frank, acrescentando que ficou impressionado com o conhecimento de música clássica de Jackson. "Para uma delas, ele tinha todo um trecho pronto na cabeça. Ele ainda não a tinha gravado. Ele a cantou para mim enquanto eu estava ao teclado, e a gente decifrou os acordes. Acho que essa gravação que fiz deve ser a única cópia dessa música que existe."

Algumas semanas atrás, Jackson telefonou para ver como Frank estava indo com as orquestrações. "Ele mencionou mais músicas instrumentais dele que queria gravar, incluindo uma de jazz", disse Frank. "Espero que algum dia sua família decida gravar essas músicas como tributo a ele e para mostrar ao mundo a profundidade de seu dom artístico."

Apesar dos questionamentos sobre a saúde de Jackson e seu impacto sobre sua dança e seu canto, as pessoas que colaboravam com ele afirmam que sua voz estava em ótima forma, apesar de sua aparência frágil.

O tecladista Greg Phillinganes, que trabalhou com Jackson como diretor musical da turnê "Bad" e apareceu em vários de seus álbuns, disse que a voz de Jackson estava tão boa quanto sempre.

"Ele ainda tinha uma boa voz e nunca teve problemas para cantar", afirmou Phillinganes, que falou com Jackson pela última vez em março. "Havia dúvidas quanto a ele conseguir dar conta da série de concertos pelo lado da coreografia, mas fontes que trabalhavam com ele me disseram que ele estava dançando o tempo todo, todo dia, que estava muito focado, empolgado e decidido a fazer esses shows serem os melhores."

Los Angeles busca ajuda para cobrir custos do funeral de Jackson

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Por Bob Tourtellotte

LOS ANGELES (Reuters) - Os organizadores da cerimônia em memória de Michael Jackson disseram nesta sexta-feira que vão dar gratuitamente 17.500 ingressos para o funeral de terça-feira que servirá de despedida ao "Rei do Pop", mas ainda não anunciaram a programação do evento.

Também não está claro como os organizadores e a cidade vão pagar pelo funeral, previsto para atrair multidões de fãs de Jackson e que pode custar milhões de dólares.

A polícia pediu aos fãs que, se não tiverem ingressos, fiquem em casa e assistam à cerimônia pela televisão.

O memorial será realizado na arena esportiva Staples Center, com capacidade para 20 mil pessoas -- o mesmo lugar em que Jackson ensaiou duas noites antes de morrer. Ele se preparava para uma série de 50 concertos em Londres que começaria em 13 de julho, e um vídeo do ensaio o mostra cantando e dançando como em seus velhos tempos de superastro.

A empresa de entretenimento AEG, proprietária do Staples Center, disse que elevou o número de ingressos públicos dos 11 mil anteriormente anunciados para 17.500, mas muitos deles serão para um segundo local, o vizinho teatro Nokia Live, previsto para receber as pessoas que não couberem no Staples Center.

A morte de Jackson em 25 de junho, depois de sofrer uma parada cardíaca em sua mansão alugada em Los Angeles, motivou homenagens de fãs de todo o mundo, que permaneceram a seu lado durante seu julgamento por abuso sexual infantil, em 2005, e as histórias sobre seus comportamentos bizarros.

O executivo-chefe da AEG, Tim Leiweke, e um representante da família Jackson disseram que ainda está sendo decidido o que vai acontecer no funeral.

Leiweke disse que a partir da manhã de sexta-feira os fãs podiam acessar o site do Staples Center (www.staplescenter.com) e cadastrar-se para receber ingressos. Os nomes das pessoas a receberem ingressos serão sorteados.

A vereadora Jan Perry, prefeita interina de Los Angeles durante as férias do prefeito Antonio Villaraigosa, disse que a polícia tem um orçamento de contingência para cobrir custos como o da cerimônia.

"Isso já é calculado no orçamento", disse Perry à Reuters. "Ainda não sabemos quais são os custos estimados."

Também não se sabe qual será a contribuição da AEG para os custos. A AEG faz parte de um grupo de empresas que inclui a AEG Live, que estava promovendo os concertos planejados de Jackson em Londres.

Perry disse que outros serviços públicos da cidade, como sanitários e transportes, não são cobertos pelo orçamento da polícia. Ela disse que vai buscar ajuda de outras agências para cobrir os custos.

Como outras cidades americanas, Los Angeles está com verbas escassas devido à recessão global, e questionamentos semelhantes sobre receita fiscal pública ser usada para pagar por uma cerimônia tão elaborada vieram à tona no mês passado, quando foi promovida uma comemoração de 2 milhões de dólares para o time de basquete profissional Los Angeles Lakers, que ganhou o campeonato da NBA. O evento acabou sendo pago por doações privadas.

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