sexta-feira, 24 de julho de 2009

Em novo disco, Arctic Monkeys busca inspiração em Hendrix

Em novo disco, Arctic Monkeys busca inspiração em Hendrix

Um doce que leva mais tempo até você sentir o açúcar. É assim que o baterista do Arctic Monkeys, Matt Helders, definiu à Folha o novo disco da banda inglesa, "Humbug", que tem previsão de lançamento para o final do próximo mês.

O título do álbum é engenhoso. Humbug é o nome de um doce popular na Inglaterra, mas também pode significar o ato deliberado de enganar, e ainda tem o sentido de "nonsense".


Integrantes da banda "Arctic Monkeys", que lança o disco "Humbug" no fim de agosto


"Os dois primeiros álbuns eram como doces bem açucarados, esse aqui requer um pouco mais até você chegar no doce. É a nossa analogia. E humbug é também a expressão usada pelo Scrooge do "Conto de Natal" do Dickens, porque ele não gosta das coisas de Natal, então o nome do disco soa um pouco como uma piada", disse.

Deliberadamente, com a intenção de enganar ou não, Matt afirma que as inspirações para o disco vieram de artistas como Black Sabbath e Jimi Hendrix. Segundo ele, a banda quis experimentar um som mais obscuro e sombrio em momentos pontuais.

"Não queríamos fazer um álbum inteiro assim, mas queríamos que esses momentos sombrios fossem especiais." Para Matt, o novo disco é mais profundo que os anteriores e as letras deixam mais espaço para a imaginação.

Desta vez, o baterista afirma que a banda teve mais tempo para se dedicar ao álbum. "Humbug" foi gravado em parte em um estúdio no deserto, em Joshua Tree, com coprodução de Josh Homme, do Queens of the Stone Age.

"Queríamos trabalhar com ele. Ficamos duas semanas no deserto. O lugar trouxe uma atmosfera própria." A segunda parte foi gravada no Brooklyn.

Apresentações

O álbum já tem uma música lançada: "Crying Lightning". Até o fim do ano, a banda se apresentará na Alemanha, Bélgica, Inglaterra, França e nos EUA. No ano que vem, pretendem tocar na América do Sul, e Matt diz ter esperanças de voltar ao Brasil. Sobre a vinda ao país em 2007, o baterista conta que a banda ficou surpresa com a receptividade do público.

"Nós não tínhamos nenhuma ideia de como era o lugar, então tudo foi novidade. Só sabíamos das praias e do futebol. Ficamos bastante surpresos com a quantidade de fãs que apareceram no hotel e no show", disse o baterista.

Prestes a sair em turnê, Matt afirma que, depois de um intervalo de quase dois anos, a banda já está sentindo falta de tocar ao vivo, e compara as diferentes plateias para as quais já fizeram shows. "Os alemães são mais próximos dos ingleses, agressivos e barulhentos.

No Japão, o público fica em pé e não diz nada. Eles são educados e respeitosos, querem ouvir tudo o que você fala. É uma experiência muito diferente, mas uma hora você aprende a lidar com tudo isso."

28/01/2009 - 14h15

Nova música do Arctic Monkeys já está na internet

da Folha Online

A versão ao vivo de uma música nova do Arctic Monkeys pode ser conferida no YouTube.

Trata-se da execução do single "Crying Lightning" durante a edição deste ano do festival Big Day Out, em Sidney, na Austrália.

A canção é uma das quatro que a banda vem tocando desde que começou a fazer shows este ano.

A música, mais cadenciada do que as mais conhecidas do grupo, tem duração de quatro minutos e dois segundos. É preciso aumentar muito o volume porque a gravação foi tirada da apresentação veiculada por uma TV local.

Clique aqui para ouvir.

O grupo, integrado por Alex Turner (vocal e guitarra), Jamie Cook (guitarra), Matt Helders (bateria e backing vocal) e Nick O'Malley (baixo) se apresentou no Brasil no final de 2007 durante a edição daquele ano do Tim Festival.

27/10/2007 - tunel do tempo

Arctic Monkeys apresenta rock direto e acelerado no Tim Festival

SANDRO CARNEIRO
da
Efe, no Rio de Janeiro

Como já era previsto, o Arctic Monkeys, uma das últimas sensações do rock britânico, arrastou uma multidão de adolescentes e amantes do rock para o show que fez na noite de sexta-feira (26) na edição carioca do Tim Festival 2007.

O grupo, integrado por Alex Turner (vocal e guitarra), Jamie Cook (guitarra), Matt Helders (bateria e backing vocal) e Nick O'Malley (baixo) --todos na faixa dos 20 anos--, fez jus à fama que conquistou mundialmente desde que, no começo do ano passado, lançou "Whatever People Say I Am, That's What I'm Not", aclamado álbum de estréia da banda.

Sem muitas firulas ou qualquer contato com o público, o quarteto, com quase nenhuma preocupação com o visual, subiu num palco simples e mandou ver com seu rock direto e de letras pueris, que já valeram a Alex Turner o título de poeta do cotidiano teen.

Já na primeira música, "Sandtrap", o público que lotava a tenda principal do evento deixou claro que estava bastante familiarizado com o repertório do grupo.

Afiada, a maioria dos 4.000 fãs presentes, que já faziam fila para o show cerca de duas horas antes do seu início, também mostrou disposição pulando ao som das engatilhadas "House is a Circus", "Brianstorm", "Still Take You Home" e "Dancing Shoes".

No entanto, a primeira vez que a platéia vibrou de verdade foi com "Fake Tales of San Francisco", e depois com o sucesso "I Bet You Look on the Dancefloor", o quase hino "Fluorescent Adolescent" --um dos pontos altos da acelerada apresentação-- e a candidata a hit "Teddy Picker".

Sempre acompanhando o ritmo das guitarras, da bateria e do baixo, o público também respondeu com empolgação a várias das canções do segundo disco da banda --"Favorite Worst Nightmare", lançado em abril deste ano--, como "Balaclava", "Old Yellow Bricks", "D is for Dangerous", "Do me a Favour" e If You Were There, Beware".

A essa altura do espetáculo, Alex Turner já tinha quebrado o gelo com a platéia perguntando, sem parecer realmente interessado, se estava tudo bem e se a apresentação da banda estava agradando.

O longo set list do show, que durou aproximadamente uma hora, incluiu ainda uma música não gravada pelo Arctic Monkeys e que os brasileiros ouviram pela primeira vez: "The Nettles".

Nos 25 minutos finais da apresentação, o jovem grupo emendou uma seqüência matadora, mostrando mais uma vez seu poderoso punch com "The View from the Afternoon", embalando os fãs com as melódicas "Leave Before the Lights Come On" e "When the Sun Goes Down", e encerrando a barulhenta noite com uma interpretação magistral de "A Certain Romance".

Antes do Arctic Monkeys, quem se apresentou no palco "Novo Rock UK" foram os também britânicos do Hot Chip, quinteto surgido em 2000 e que ficou famoso há dois anos, graças à swingada "Over and Over".

Com um som dançante, marcado pela forte presença de elementos eletrônicos e de percussão, a banda esquentou o público que começava a chegar para assistir à grande atração da tenda.

Em aproximadamente 45 minutos, o Hot Chip fez um show descontraído e alegre, durante o qual o tempo todo tentou envolver a platéia e cantou as músicas "Shake a Fist", "And I Was a Boy from School", "Ready to Floor", "No Fit State" e "Beach Party", além de seu maior hit.

com JANAINA LAGE
da
Folha de S.Paulo, em Nova York

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