Décima primeira edição tem o apoio do MinC para democratizar a cultura entre moradores e visitantes
A cidade de Areia, no interior da Paraíba, comemora a décima primeira edição do seu Festival de Artes, que se realiza de 5 a 9 de novembro. Um dos grandes atrativos deste ano será o espaço reservado para a homenagem a Machado de Assis, por ocasião do centenário da morte do escritor, cronista, ensaísta, poeta, novelista, dramartugo, crítico, romancista, tradutor e jornalista brasileiro.
Nessa linha, tem a exposição Cem Anos sem Machado de Assis, que reune 12 painéis para apresentar a vida e a obra do fundador da Academia Brasileira de Letras. Também há apresentações de teatro, seis exposições de fotografias, artes plásticas e literatura.
O formato do Festival busca democratizar a cultura entre todos moradores e visitantes da cidade de Areia, por essa razão, serão oferecidas dez oficinas, uma delas destinada a alunos do Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries), além de um mini-curso de literatura infatil destinado a professores que trabalham com alunos da primeira fase do Ensino Fundamental (1ª a 4ª séries).
Criado em 1976 com o nome de Festival de Verão de Areia, o evento tinha como proposta discutir os principais temas ligados à cultura brasileira do período. Participaram da primeira edição Ariano Suassuna, Dias Gomes, Ferreira Gullar, Paulo Pontes, João Ubaldo Ribeiro, dentre outros nomes consagrados.
Por sua importância como um espaço de reflexão e contestação da realidade, o Festival chamou a atenção das autoridades que proibiram sua realização depois de alguns anos. Voltou a cena apenas em 2007, quando foi promovida a 10ª edição, já com novo formato, incorporando oficinas e cursos, mas mantendo o caráter contestador e reflexivo.
Carlos Arão e Maurício Germano levam dança para Areia
Dança Contemporânea: Carlos Arão e Maurício Germano movimentam Areia, nesta quinta(06)
O Grupo Movasse de Minas Gerais e o Balé Popular da UFPB são as atrações de dança da quinta-feira (06), no XI Festival de Artes de Areia. A Companhia Mineira fará a partir das 16h, uma intervenção urbana chamada de "Um passo a mais" - em cima dos terraços, sacadas e marquises dos casariose e praças de Areia. À noite, às 20h30, o grupo paraibano apresenta-se no Teatro Minerva com todo o universo dos alegres foliões mascarados que circulam pelas ruas das cidades nordestinas durante o carnaval, os papangus. A entrada é gratuita.
No espetáculo "Um passo a mais", dois bailarinos dialogam com o público e com o espaço ao som da música ao vivo de um acordeon e do ruído urbano. Um dos bailarinos é o paraibano radicado há 14 anos em Belo Horizonte (MG), Carlo Arão. Já o Balé Popular da UFPB comandado por outro ícone da dança contemporânea paraibana, o coreógrafo Maurício Germano, toma como ponto de partida essa diversidade do personagem 'papangu', que está incluído em vários outros folguedos.
No elenco Juliana Abath, Luciana Santos, Jocideia Barros, Jarleide Barros, Fabíola Magalhães, Katheryne Menezes, Ing Nunes e Ednaldo Barros. Na trilha sonora músicas de Siba, Cordel do Fogo Encantado e Casa de Farinha. Iluminação com Adilson Lucena; figurino, coreografia e direção geral de Mauricio Germano.
Movasse - é um coletivo de criação que visa manter o trânsito livre de pessoas, informações e idéias. Surge no cenário da dança contemporânea para agregar pensamentos, na tentativa de reunir e praticar idéias sobre o movimento.
Conflitos familiares viram comédia no Festival de Areia
Para a programação teatral do XI Festival de Artes de Areia da quinta-feira, 6, tem a apresentação do grupo ‘Recreio Dramático’(PB), a partir das 21h, no Teatro Minerva. A peça ‘Família é uma desgraça’ aborda questões de relacionamentos entre país e filhos de forma cômica, explanando a situação de muitos grupos familiares e buscando uma reflexão sobre o conceito de família na contemporaneidade.
O espetáculo que é baseado em episódios reais, acontecidos com amigos e componentes do grupo, foi indicado como melhor dramaturgia, e seu elenco recebeu o prêmio “Revelação em Interpretação” na XIV Mostra Estadual de Teatro e Dança da Fundação Espaço Cultural da Paraíba (FUNESC). A comédia se passa na periferia de uma cidade, onde reside uma família problemática, onde cada membro trata de forma diferente os seus conflitos. Dona Dora, Hillary Karla, Waldikson Welton, Tita, Finha e seu marido buscam viver harmoniosamente, mas nem sempre conseguem. O público tem acesso ao espetáculo gratuitamente.
Deficiência Visual é tema de espetáculo no Festival de Artes
06/11/2008
Duas irmãs cegas em cena. Esse é o enredo do espetáculo Uma puxando a outra do Grupo de Teatro Gameleira (PB), que vai se apresentar nesta sexta-feira (07) às 20h no Teatro Minerva
Baseado em fatos reais, a peça narra a história de duas irmãs pobres, idosas e deficientes visuais, Pequena e Biu. Mesmo com a deficiência, as irmãs são capazes de desenvolver algumas tarefas tentando assim romper barreiras. No meio de todos esses conflitos, uma das irmãs tem uma meta, vingar-se das vezes que apanhou quando era criança. A entrada é gratuita.
O XI Festival de Artes de Areia tem apoio do Ministério da Cultura, por meio do Programa Monumenta, desenvolvido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O Festival acontece até o próximo domingo, (09).
Beto Mi é atração no XI Festival de Artes de Areia
O XI Festival de Artes de Areia, apresenta o Cantor Beto Minesta sexta-feira (07), a partir das 20h, no auditório do colégio Santa Rita, o cantor Beto Mi. O artista que completa 25 anos de trajetória musical vai realizar um show relembrando seus velhos sucessos, como Sonhos de primavera, Pra não dizer que não falei do verso e Espelhos.
Beto Mi, além de cantor, é compositor, arranjador, regente, produtor e diretor. Como compositor tem parcerias com vários nomes da MPB, como Durval Ferreira; Sá & Guarabyra; Flávio Venturini; Vanusa; Nando Cordel; Hector Costita; Tavinho Limma; Ney Marques; Ronnie Von; Rosemary; Nilson Chaves, entre outros.
Beto vai lançar um CD, intitulado 25 anos de Beto Mi. No repertório desse trabalho novas canções, mas também alguns dos seus sucessos. "Quando falo que vou gravar um disco comemorativo, as pessoas logo pensam que apenas estarão músicas que marcaram minha trajetória. Nesse CD terão mais músicas novas do que antigas", explicou Beto.
Beto Mi é paulista da cidade Guaratinguetá. Recebeu no ano de 1990, a indicação para o III Prêmio SHARP de Música.
O XI Festival de Artes acontece até o próximo domingo (09), é patrocinado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), com o apoio do Ministério da Cultura, por meio do Programa Monumenta, desenvolvido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Por Rogério Maurício
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