
Bailarina de Vermelho encerra o Festival de Artes de Areia
08-11-2008
'Anticlássico - Uma Desconferência e o Enigma Vazio', com a atriz carioca Alessandra Colasanti é a grande atração de encerramento do XI Festival de Artes de Areia. A apresentação neste sábado (8), às 20h30, no auditório do Colégio Santa Rita. A peça é uma proposta que ao mesmo tempo celebra e ataca a alta cultura no que ela tem de mais ambíguo: seu narcisismo. A atriz/autora aparece caracterizada como a bailarina de vermelho dando uma 'desconferência' e faz o público participar de uma ação dramática fictícia. Entrada custa 1kg de alimento não perecível.
A encenação de Alessandra Colasanti é uma proposta conceitual inovadora sustentada por uma produção que envolve profissionais com notória especialização na área como o iluminador Tomás Ribas (Prêmio Shell 2006), o diretor musical Lucas Marcier (indicação Prêmio Shell 2004) e a participação extraordinária de João Velho, como punk concertista.
Anticlássico
O espetáculo tem como objetivo pensar o cânone contemporâneo a partir de uma provocação: a oposição clássico x contemporâneo. Uma bailarina de vermelho saída de um quadro de Dégas se torna acadêmica no Brasil, bebe Campari e profere uma desconferência sobre o enigma vazio (metáfora da contemporaneidade). Diz-se amiga íntima da Monalisa e faz saltitar nomes e frases de efeito, cita Benjamim, Foucault, Derrida, diz ter sido namorada de celebridades modernistas como Diaghilev, Nijinsky, Picasso, Kandinsky, ídolos pop como Elvis Presley, Charles Aznavour e ícones contemporâneos como o compositor pós-moderno John Cage, em cena ao seu lado seu atual (ao que parece) affair, um jovem punk concertista que toca sonatas de Chopin e serve a prima dona, num misto de bad-pet-boy e mordomo-sado-maso.
Através do jogo de contrastes, a peça tem a pretensão de fazer rir e pensar. O punk e a bailarina. Racionalismo e fisicalidade. A cultura milenar européia e o tropicalismo "terceiromundista" brasileiro. Louvre e MASP. Praça Tiradentes e São Petersburgo. Alta cultura e cultura de massa. O sério e o satírico. O pop e o sofisticado. Hamlet e Sid Vicious. Moderno e pós-moderno. Clássico e contemporâneo.
Bailarina de Vermelho
O nome de Alessandra Colasanti está associado à renovação da cena teatral contemporânea carioca. Com sólido trabalho voltado à reflexão temática e à pesquisa de linguagem corroborado pela bem sucedida temporada de 'Anticlássico', por suas pesquisas acadêmicas, por recentes indicações a prêmios e por testemunhos elogiosos de expoentes da cultura e da crítica como Roberto Athayde, Gerald Thomas (responsável por sua estréia profissional no teatro), Bárbara Heliodora, Macksen Luis, Sergio Salvia Coelho, Lionel Fischer, entre outros.
Alessandra Colasanti foi indicada ao prêmio Qualidade Brasil 2006 na categoria melhor atriz de comédia por sua atuação no espetáculo Ovo Frito, texto de Fernando Bonassi, dirigido por Moacir Chaves.
Como diretora realizou ao lado de Michel Melamed os espetáculos Regurgitofagia sucesso de público e crítica no Brasil e exterior e Dinheiro Grátis, espetáculo indicado ao prêmio Qualidade Brasil 2006 nas categorias melhor direção, melhor espetáculo de comédia e melhor ator.
da Assessoria do Festival
Novos pratos são apresentados no Festival Gastronômico de Areia
07-11-2008
A cultura, as artes e a gastronomia invadiram as ruas do município de Areia. Desde quarta-feira (5), acontece o XI Festival de Artes, que deve atrair cerca de 10 mil pessoas para o Brejo paraibano até este final de semana. Além de todos os atrativos culturais, este ano o evento conta com o Festival Gastronômico de Areia. Treze estabelecimentos da cidade criaram pratos novos usando os derivados da cana-de-açúcar durante a última semana em um workshop.
Os visitantes podem saborear pratos como o empanado de rapadura com banana e cobertura de açaí com cachaça, banana gratinada, bombom de chocolate com cachaça, pudim quati, porco no melado, queijo de coalho recheado de banana e canela com molho de melado de coco, escalopinho de carne-de-sol, suflê de rapadura, carne de charque flambada na cachaça, cocada, sorvete e panqueca de rapadura.
“A cidade de Areia está se tornando um lugar cada vez mais atraente para os turistas e essas novas delícias culinárias encantarão ainda mais o público, que agora além de visitar os engenhos, poderão comer pratos feitos com os ingredientes típicos da região”, destacou Regina Amorim, gestora do Projeto de Turismo do Sebrae.
Para a criação dessas novas iguarias, o chef Josemar Aurélio veio da Bahia e passou em cada cozinha desenvolvendo as receitas conjuntamente com os chefes de cada estabelecimento. “Normalmente o maior desafio é a receptividade das pessoas, mas eu senti que dificilmente um desses pratos não será incorporado ao cardápio local. Isso para mim é um dado fantástico!”, falou ele, feliz com o entusiasmo dos donos dos estabelecimentos.
Segundo os organizadores do festival gastronômico é um evento muito importante para a gastronomia, o turismo e até a economia local. “A cidade de Areia tem uma tradição muito grande com a cana-de-açúcar, hoje temos 28 engenhos em atividade e o festival traz outras formas de uso da cachaça e da rapadura, que não o uso in natura do produto. Com essas novas delícias gastronômicas, estaremos agregando valores e aumentando a produtividade local".
O empresário Edson Júnior, proprietário do Restaurante Tropicana, sempre procurou inovar trazendo para a cidade de Areia pratos diferentes e sofisticados, que até então não eram comuns na cidade. “O festival deverá trazer ótimos resultados, porque é mais uma inovação”, observou ele, que agora serve o ‘Empanado do Brejo’, uma espécie de calzone recheado com banana, canela, mel de rapadura e cachaça.
Festival ressalta sabores da cachaça e da cana-de-açúcar
A culinária que alia os derivados da cana-de-açúcar a ingredientes tipicamente locais, resultando em receitas dignas da alta gastronomia, é o tema do Festival Gastronômico - Civilização do Açúcar, que acontece no município de Areia até a próxima sexta-feira (31).
O evento contará com a presença do chef baiano, Josimar Aurélio, que auxiliará na criação dos novos pratos. O objetivo é de divulgar os derivados da cana-de-açúcar, desenvolvendo a criatividade culinária nos comerciantes locais através de receitas que farão parte do cardápio dos estabelecimentos da cidade.
O chef Aurélio passará em cada cozinha dos estabelecimentos participantes, onde junto com o chef local criará uma nova receita fazendo uso da cachaça e/ou da rapadura. "Eles criarão um prato específico de acordo com o local. Se for uma pizzaria, uma pizza diferente será criada; em um self-service regional, um novo prato será feito; em uma pousada, eles podem criar um suco, um sanduíche, uma tapioca, algo que possa ser servido no café da manhã e assim por diante", explicou Ana Clara Maia, coordenadora do evento.
Cerca de 20 bares, restaurantes e pousadas, servirão essas novas iguarias durante toda a semana. Os novos pratos poderão ser degustados ainda no dia 07 de novembro, dentro da programação do XI Festival de Artes de Areia, e depois serão incorporados aos cardápios dos estabelecimentos. Areia tem uma grande tradição com a cana-de-açúcar, hoje com 28 engenhos em atividade. O festival traz outras formas de uso da cachaça e da rapadura, que não o uso in natura do produto.
Civilização do Açúcar
A temática escolhida é nome de um roteiro turístico integrado, que une os estados da Paraíba, Pernambuco e Alagoas. O roteiro 'Civilização do Açúcar', é um caminho de engenhos que foi desenvolvido a partir de um trabalho de contextualização feito pela fundação Gilberto Freire.
"Antes da concretização do roteiro, três seminários foram realizados, e um dos temas abordados foi a gastronomia. Como as cozinhas dos engenhos são verdadeiros laboratórios gastronômicos, que unem os ingredientes e os utensílios dos índios, dos negros e dos brancos", ressaltou Regina.
O festival gastronômico privilegiará os turistas que fazem esse roteiro, pois ao passar na cidade de Areia, além de apreciar as belas paisagens rurais e visitar as rotas dos antigos engenhos da região, poderão se deliciar com os novos pratos criados à base da cachaça e da rapadura.
Cultura dos engenhos e Machado de Assis são temas de exposições
05-11-2008
Além de peças teatrais, apresentações de dança e exibições de filme, o XI Festival de Artes de Areia, que começa nesta quarta-feira (5), leva seis exposições ao seu público. Entre elas, têm início hoje “Mel e Sal” e “100 Anos sem Machado de Assis”.
Na primeira exposição, o fotógrafo Gustavo Moura explora o universo da cultura dos engenhos e o cultivo da cana-de-açúcar no Brejo paraibano. “Mel e Sal” reúne 20 fotografias regionais, todas captadas na zona rural de Areia e vem acompanhada do texto da escritora areiense Janaína Azevedo. A mostra fica aberta à visitação até domingo (9), no Casarão José Rufino, das 8h às 21h.
Em sua exposição, o fotógrafo homenageia os 80 anos do romance "A Bagaceira", de José Américo de Almeida. Ele explica que não foi fiel ao texto, mas que fez um ensaio livre sobre esta temática. As fotografias foram feitas no período de 2006 a 2008, em preto e branco, possuindo 60 cm por 80 cm de dimensão.
100 anos sem Machado de Assis
A vida do escritor e detalhes de sua obra serão contados em 12 painéis na exposição. A visitação acontece até domingo (9), das 7h às 21h30, na Escola Estadual Ministro José Américo de Almeida, que está funcionando no Seminário, onde será exibido o filme “O Enfermeiro”, baseado no conto do escritor fluminense. Neste período, os alunos poderão aprender mais e de maneira interativa sobre a vida e obra do escritor, já que a exposição serve de auxílio ao que os alunos aprendem dentro da sala de aula.
A exposição apresenta passagens da vida do escritor, que é considerado um dos patrimônios culturais mais importantes, cujos livros conduzem para questões universais dentro da vasta complexidade humana.
Da assessoria