Reedição do álbum de 1976 terá registro ao vivo gravado em NY.
Novidade chegou às lojas dos Estados Unidos no dia 20 de setembro.

A capa de 'Station to station', de David Bowie
(Foto: Divulgação)
O álbum "Station to station", gravado pelo cantor britânico David Bowie em 1976, será relançado no dia 20 de setembro nas versões "Special" e "Deluxe" (CD triplo). As informações são do site da revista "Rolling Stone".
A primeira vai incluir, além do disco remasterizado analogicamente, outros dois CDs ao vivo, com repertório gravado durante show realizado no Nassau Coliseum, em Nova York, em 23 de março de 1976. A reedição trará ainda a arte original do álbum, além de permitir o download de uma versão alternativa para "Panic in Detroit", com mais de 13 minutos de duração.
A versão "Deluxe" será vendida em uma caixa de 12 polegadas e vai trazer, além dos 3 CDs, dois discos extras: um com a mixagem produzida em 1985; o outro, com os singles "Golden years", "TVC15", "Stay", "Word on a wing" e "Station to station". Um DVD com outras quatro mixagens do disco, mais o álbum original e os discos "Live Nassau Coliseum '76" em vinil também serão incluídos.
A caixa terá um livro com 24 páginas escrito pelo diretor de cinema Cameron Crowe (que já foi repórter da revista "Rolling Stone" nos anos 60), além de fotos inéditas de época.
Aqui capa original
A caixa terá um livro com 24 páginas escrito pelo diretor de cinema Cameron Crowe (que já foi repórter da revista "Rolling Stone" nos anos 60), além de fotos inéditas de época.
Aqui capa original

Veja o repertório completo da reedição:
CD 1:
1. "Station to station"
2. "Golden years"
3. "Word on a wing"
4. "TVC15"
5. "Stay"
6. "Wild is the wind"
CD 2: "Live Nassau Coliseum '76"
1. "Station to Station"
2. "Suffragette city"
3. "Fame"
4. "Word on a wing"
5. "Stay"
6. "Waiting for the man"
7. "Queen bitch"
CD 3: "Live Nassau Coliseum '76" (continuação)
1. "Life on Mars?"
2. "Five years"
3. "Panic in Detroit"
4. "Changes"
5. "TVC15"
6. "Diamond dogs"
7. "Rebel Rebel"
8. "The Jean Genie"
O som do trem no início da bela "Station to station" é o sinal de que o Camaleão está iniciando mais uma mudança no seu rumo musical e ele nos leva nessa nova viagem para beber na fonte dos primórdios do rythm blues, como já demonstrou no ótimo disco anterior "Young Americans", só que desta vez Bowie reprocessa tudo e aponta para o futuro, reciclando e inovando o ritmo, o som da guitarra pode tranparecer que a viagem passa por local incerto e inóspito, para logo depois desaguar num pancadão sonoro, numa profusão de sons dançáveis. A música com dez minutos de duração, tempo suficiente para David Bowie desfilar um palavratório sobre totalitarismo, cocaína, esgotamento pessoal e flertar com o futuro de livros como "1984" (George Orwell) e "Admirável Mundo Novo" (Aldous Huxley).
Foi também em Station que mostrou um personagem controvertido, o "Thin White Duke", que causou revolta ao desembarcar em Londres e fazer a saudação nazista para os fãs. Era uma figura fria, sem emoção, calculista e sedutora, visualmente o personagem era uma extensão de Thomas Jerome Newton, seu personagem no filme de ficção científica "O Homem que caiu na Terra" dirigido por Nicholas Roeg, lançado em 1975, pouco visto aqui no Brasil, uma interessante história de um extraterrestre que vinha a Terra atrás de um líquido primordial para a sobrevivência de seus pares do seu Planeta e que já estava se esgotando por lá, a água, Bowie está muito bem neste papel. A capa deste disco é tirada de uma cena do filme.
Segue-se outra bem dançável e a mais bem sucedida comercialmente do disco, a funkeada "Golden Years", o baixão determinando o ritmo, irresistível numa pista de dança, versatilidade pura. "Word on a Wing" que fecha o lado 1, é uma das mais belas canções feitas por ele, uma balada pop bem apropriada para sua ótima voz, que ressalta versos como "Senhor, eu me ajoelho e ofereço minhas palavras ao vento/E estou tentando duramente me ajustar ao seu projeto", sobressai o piano de Roy Bittan oriundo da banda de Bruce Sprigsteen.
Já "TVC15", que abre o lado 2, fala de uma televisão holográfica que engole uma suposta namorada, mais uma vez a soul music predomina, nesta balada dançante, como não deixam negar o corinho e a levada do baixo e guitarra. "Stay" com sua batida fortemente influenciada da disco music, parecia ser uma forte candidata a fazer sucesso nas pistas de dança, mais uma vez Bowie inova em um ritmo da época, hoje, vê-se que foi pouco compreendido pela galera que "soltava suas asas", a disco music ficou, a sua música continuou. Encerrando o trabalho, uma versão magnífica de "Wild is The Wind", uma arrasadora balada, onde mostra toda sua versatilidade como cantor.
Outro grande disco deste inigualável artista, logo após este ele entraria em sua fase alemã, mas aí é uma outra história, que será comentada mais adiante.
No CD, além das músicas do LP, remasterizadas e evidentemente numa qualidade sonora melhor, principalmente em relação a ótima voz de Bowie, a foto da capa do LP foi colorizada (foto acima) e incluída duas versões ao vivo do "Station to station Tour", gravadas em 23/3/1976 no Nassau Coliseum em Long Island, USA. Na versão ao vivo de "Word on a Wing", nada de novo em relação a versão original, a não ser o destaque para a grande voz de Bowie. A outra versão do disco foi para "Stay", esta um pouco diferente da original, menos disco e mais rock, com a guitarra do excelente Carlos Alomarem destaque, mas o baixão continua lá.
Uma curiosidade: Bowie disse certa vez que se tornou artista ao ver um vídeo e depois uma foto de Little Richard com seus saxofonistas.
1. "Station to station"
2. "Golden years"
3. "Word on a wing"
4. "TVC15"
5. "Stay"
6. "Wild is the wind"
CD 2: "Live Nassau Coliseum '76"
1. "Station to Station"
2. "Suffragette city"
3. "Fame"
4. "Word on a wing"
5. "Stay"
6. "Waiting for the man"
7. "Queen bitch"
CD 3: "Live Nassau Coliseum '76" (continuação)
1. "Life on Mars?"
2. "Five years"
3. "Panic in Detroit"
4. "Changes"
5. "TVC15"
6. "Diamond dogs"
7. "Rebel Rebel"
8. "The Jean Genie"
O som do trem no início da bela "Station to station" é o sinal de que o Camaleão está iniciando mais uma mudança no seu rumo musical e ele nos leva nessa nova viagem para beber na fonte dos primórdios do rythm blues, como já demonstrou no ótimo disco anterior "Young Americans", só que desta vez Bowie reprocessa tudo e aponta para o futuro, reciclando e inovando o ritmo, o som da guitarra pode tranparecer que a viagem passa por local incerto e inóspito, para logo depois desaguar num pancadão sonoro, numa profusão de sons dançáveis. A música com dez minutos de duração, tempo suficiente para David Bowie desfilar um palavratório sobre totalitarismo, cocaína, esgotamento pessoal e flertar com o futuro de livros como "1984" (George Orwell) e "Admirável Mundo Novo" (Aldous Huxley).
Foi também em Station que mostrou um personagem controvertido, o "Thin White Duke", que causou revolta ao desembarcar em Londres e fazer a saudação nazista para os fãs. Era uma figura fria, sem emoção, calculista e sedutora, visualmente o personagem era uma extensão de Thomas Jerome Newton, seu personagem no filme de ficção científica "O Homem que caiu na Terra" dirigido por Nicholas Roeg, lançado em 1975, pouco visto aqui no Brasil, uma interessante história de um extraterrestre que vinha a Terra atrás de um líquido primordial para a sobrevivência de seus pares do seu Planeta e que já estava se esgotando por lá, a água, Bowie está muito bem neste papel. A capa deste disco é tirada de uma cena do filme.
Segue-se outra bem dançável e a mais bem sucedida comercialmente do disco, a funkeada "Golden Years", o baixão determinando o ritmo, irresistível numa pista de dança, versatilidade pura. "Word on a Wing" que fecha o lado 1, é uma das mais belas canções feitas por ele, uma balada pop bem apropriada para sua ótima voz, que ressalta versos como "Senhor, eu me ajoelho e ofereço minhas palavras ao vento/E estou tentando duramente me ajustar ao seu projeto", sobressai o piano de Roy Bittan oriundo da banda de Bruce Sprigsteen.
Já "TVC15", que abre o lado 2, fala de uma televisão holográfica que engole uma suposta namorada, mais uma vez a soul music predomina, nesta balada dançante, como não deixam negar o corinho e a levada do baixo e guitarra. "Stay" com sua batida fortemente influenciada da disco music, parecia ser uma forte candidata a fazer sucesso nas pistas de dança, mais uma vez Bowie inova em um ritmo da época, hoje, vê-se que foi pouco compreendido pela galera que "soltava suas asas", a disco music ficou, a sua música continuou. Encerrando o trabalho, uma versão magnífica de "Wild is The Wind", uma arrasadora balada, onde mostra toda sua versatilidade como cantor.
Outro grande disco deste inigualável artista, logo após este ele entraria em sua fase alemã, mas aí é uma outra história, que será comentada mais adiante.
No CD, além das músicas do LP, remasterizadas e evidentemente numa qualidade sonora melhor, principalmente em relação a ótima voz de Bowie, a foto da capa do LP foi colorizada (foto acima) e incluída duas versões ao vivo do "Station to station Tour", gravadas em 23/3/1976 no Nassau Coliseum em Long Island, USA. Na versão ao vivo de "Word on a Wing", nada de novo em relação a versão original, a não ser o destaque para a grande voz de Bowie. A outra versão do disco foi para "Stay", esta um pouco diferente da original, menos disco e mais rock, com a guitarra do excelente Carlos Alomarem destaque, mas o baixão continua lá.
Uma curiosidade: Bowie disse certa vez que se tornou artista ao ver um vídeo e depois uma foto de Little Richard com seus saxofonistas.
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