domingo, 29 de março de 2015
sábado, 28 de março de 2015
Exclusive! Jack White Performs 'Alone in My Home'

Jack White: ouça aqui Lazaretto, do novo álbum
Segundo disco solo do ex-White Stripe.
Lazaretto, novo álbum de Jack White tem selo da Third Man Records, editora de White, em vários formatos, incluindo numa edição especial em vinil que conta com uma série de surpresas, entre as quais estão faixas escondidas por baixo dos rótulos. A lista e a mistura também são diferentes da versão digital e em CD do álbum. Uma das versões especiais é acompanhada por um livro de capa dura, de 40 páginas, com letras, imagens e pautas.
quarta-feira, 25 de março de 2015
Lollapalooza 2015: veja a programação de shows por dia; na lista Jack White, Robert Plant, Pharrell Williams e Calvin Harris nos headliners

A programação das atrações do Lollapalooza Brasil 2015 com shows e bandas aqui. O Lineup completo foi divulgado no dia 16.11 às 22 horas. Serão mais de 50 atrações que irão se apresentar em 5 palcos.
O Lollapalooza 2015 Brasil será realizado nos dias 28 e 29 de março no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Os ingressos já estão à venda.
Lollapalooza 2015 Lineup – Bandas e Atrações do Festival no Brasil
As principais atrações do Lollapaloza Brasil 2015 serão:
Dia 28 – Sábado
Palco Skol
12:05 – Baleia
13:45 – Banda do Mar
15:55 – Alt-j
18:20 – Robert Plant
21:15 – Jack White
Palco Onix
12:55 – Bula
14:50 – Fitz and the Tantrums
17:00 – Kasabian
19:40 – Skrillex
Palco Axe
12:00 – 89 FM
13:00 – Boogarins
14:15 – Nem Liminha Ouviu
15:30 – Kongos
17:00 – St. Vincent
18:45 – SBTRKT
20:15 – Mariana and the Diamonds
21:45 – Bastille
Palco Perry
13:00 – Anna
14:15 – Vintage Culture
15:30 – E-Cologyx vs Jakko
16:45 – DJ Snake
18:15 – Dillon Francis
20:00 – Ritmo Machine
21:30 – Major Lazer
Dia 29 – Domingo
Palco Skol
11:50 – Scalene
13:30 – Molotov
15:25 – Interpol
17:35 – Foster The People
20:15 – Pharrell Williams
Palco Onix
12:40 – Far From Alaska
14:20 – Rudimental
16:30 – The Kooks
18:55 – DJ Calvin Harris
Palco Axe
12:00 – Dr. Pheabes
13:00 – Mombojó
14:30 – O Terno
16:00 – Three Days Grace
17:30 – Pitty
19:00 – Young the Giant
20:30 – Smashing Pumpkins
Palco Perry
12:15 – Chemical Surf
13:15 – Fatnotronic
14:14 – Victor Ruiz AV Any Mello
15:15 – Big Gigantic
16:30 – Carnage
17:45 – The Chain Smokers
19:15 – Childish Gambino
20:45 – Steve Aoki
Vídeo de Divulgação do Lollapalooza 2015
Confira a apresentação do Lineup do Lollapaloza 2015 no novo vídeo de divulgação.
Ingressos – Lollapalooza 2015 Brasil
Confira os valores e local de venda dos ingressos para o Lollapalooza 2015:
Entrada para 1 dia
R$ 340,00 / Meia: R$ 170,00
Os passaportes dão acesso aos 2 dias do Lolla 2015. Vejam os tipos e seus valores:
Lolla Louge + Pass
Inteira: R$1.460,00 / Meia: R$1.130,00 – ESGOTADO!
Descrição: Camarote que oferece visão privilegiada, Open Bar, Buffet de Jantar, Área relax, Spa de Massagens, Sanitários exclusivos, Guarda Volumes, entre outras vantagens.
Entrada para 2 dias
Inteira: R$620,00 / Meia: R$330,00
Lolla Louge (Serviço)
ESGOTADO!
Estacionamento
ESGOTADO!
Os ingressos e os serviços para o Lollapalooza Brasil de 2015 podem ser comprados através do site oficial: http://www.lollapaloozabr.com/ingressos-2015. Mais informações também podem ser solicitadas pelo telefone: 4003-5588 (Segunda à Sexta das 11 horas às 17 horas).
segunda-feira, 23 de março de 2015
domingo, 22 de março de 2015
Madonna canta “Ghosttown” e “Joan of Arc” e aparece em esquetes da Ellen DeGeneres para divulgar seu novo álbum, “Rebel Heart”.
Madonna canta “Ghosttown” e “Joan of Arc” e aparece em esquetes da Ellen DeGeneres. A rainha do pop está todos os dias no programa para divulgar seu novo álbum, “Rebel Heart”.

E aqui apresenta "Joan of Arc":
sábado, 21 de março de 2015
Blur apresenta "There Are Too Many of Us", o novo single
Blur apresenta "There Are Too Many of Us", o novo single [veja o vídeo aqui]
Banda de Damon Albarn volta aoslança novo álbum no final de abril com The Magic Whip .
![Blur anunciam novo álbum, <i>The Magic Whip</i> [atualizado com vídeo] - Blur anunciam novo álbum, <i>The Magic Whip</i> [atualizado com vídeo] -](http://blitz.sapo.pt/iv/0/589/890/blurg-4483.jpg)
O Blur acaba de lançar o vídeo de "There Are Too Many of Us", o novo single do álbum The Magic Whip , que marca o retorno da banda de Damon Albarn aos discos depois de 12 anos sem gravar músicas originais.
![Blur mostram "There Are Too Many of Us", o novo single [veja o vídeo aqui] - Blur mostram "There Are Too Many of Us", o novo single [veja o vídeo aqui] -](http://blitz.sapo.pt/iv/0/594/408/blur-9e7c.jpg)
O vídeo, que pode ser visto abaixo, foi gravado durante os ensaios para um show para fãs que a banda vai dar hoje à noite num local secreto em Londres. No espetáculo, que será filmado para exibição online na próxima quarta-feira, o Blur deve tocar as música do novo álbum pela primeira vez.
Produzido por Stephen Street, The Magic Whip chega às lojas em abril e inclui também "Go Out", que foi previamente divulgado.
"Go Out" foi o primeiro single a sair em vídeo.
O Blur surpreendeu os fãs ao anunciar, no Facebook, a edição de um novo álbum de originais, o primeiro em 12 anos. The Magic Whip. O disco sucede Think Tank , de 2003, e é o oitavo do grupo. Veja abaixo o "lyric video" de "Go Out", o primeiro lançado.
![Blur anunciam novo álbum, <i>The Magic Whip</i> [atualizado com vídeo] - Blur anunciam novo álbum, <i>The Magic Whip</i> [atualizado com vídeo] -](http://blitz.sapo.pt/users/0/69/blur-dc02.jpg)
1. Lonesome Street
2. New World Towers
3. Go Out
4. Ice Cream Man
5. Thought I Was A Spaceman
6. I Broadcast
7. My Terracotta Heart
8. There Are Too Many Of Us
9. Ghost Ship
10. Pyongyang
11. Ong Ong
12. Mirrorball
Banda de Damon Albarn volta aoslança novo álbum no final de abril com The Magic Whip .
![Blur anunciam novo álbum, <i>The Magic Whip</i> [atualizado com vídeo] - Blur anunciam novo álbum, <i>The Magic Whip</i> [atualizado com vídeo] -](http://blitz.sapo.pt/iv/0/589/890/blurg-4483.jpg)
O Blur acaba de lançar o vídeo de "There Are Too Many of Us", o novo single do álbum The Magic Whip , que marca o retorno da banda de Damon Albarn aos discos depois de 12 anos sem gravar músicas originais.
![Blur mostram "There Are Too Many of Us", o novo single [veja o vídeo aqui] - Blur mostram "There Are Too Many of Us", o novo single [veja o vídeo aqui] -](http://blitz.sapo.pt/iv/0/594/408/blur-9e7c.jpg)
O vídeo, que pode ser visto abaixo, foi gravado durante os ensaios para um show para fãs que a banda vai dar hoje à noite num local secreto em Londres. No espetáculo, que será filmado para exibição online na próxima quarta-feira, o Blur deve tocar as música do novo álbum pela primeira vez.
Produzido por Stephen Street, The Magic Whip chega às lojas em abril e inclui também "Go Out", que foi previamente divulgado.
"Go Out" foi o primeiro single a sair em vídeo.
O Blur surpreendeu os fãs ao anunciar, no Facebook, a edição de um novo álbum de originais, o primeiro em 12 anos. The Magic Whip. O disco sucede Think Tank , de 2003, e é o oitavo do grupo. Veja abaixo o "lyric video" de "Go Out", o primeiro lançado.
![Blur anunciam novo álbum, <i>The Magic Whip</i> [atualizado com vídeo] - Blur anunciam novo álbum, <i>The Magic Whip</i> [atualizado com vídeo] -](http://blitz.sapo.pt/users/0/69/blur-dc02.jpg)
1. Lonesome Street
2. New World Towers
3. Go Out
4. Ice Cream Man
5. Thought I Was A Spaceman
6. I Broadcast
7. My Terracotta Heart
8. There Are Too Many Of Us
9. Ghost Ship
10. Pyongyang
11. Ong Ong
12. Mirrorball
sexta-feira, 20 de março de 2015
quarta-feira, 18 de março de 2015
Elis Regina, 70 anos: conheça 17 curiosidades sobre a cantora
Cultura
Elis Regina, 70 anos: conheça 17 curiosidades sobre a cantora
17/03/15

Elis Regina Carvalho Costa, a Elis Regina, passou como um furacão pela Música Popular Brasileira entre a década de 1960 e o início da década de 1980, quando morreu precocemente, aos 36 anos. Vendeu 4 milhões de discos em 18 anos de carreira. Qualidade vocal, presença de palco e personalidade colocaram Elis na história como uma das mais importantes cantoras e intérpretes brasileiras.
Neste 17 de março de 2015, Elis completaria 70 anos de idade. Em homenagem à cantora, um site oficial www.elisregina.com.br, foi lançado hoje com sua biografia, fotos e depoimentos de amigos e pessoas que trabalharam e conviveram com a cantora. Aqui no Portal EBC, nós selecionamos 17 curiosidades para que você saiba mais sobre sua vida e carreira:
www.elisregina.com.br
1. Em Londres
Elis impressionou o maestro inglês Peter Knight e sua orquestra ao gravarem juntos o disco Elis in London, de 1969, ao vivo, sem repetir nenhuma das doze canções. Foi aplaudida de pé pelos músicos ao final da gravação. O disco só seria lançado no Brasil em 1982, após sua morte.
2. Brasil e família
Por duas vezes, Elis desistiu de desenvolver sua carreira internacional na Europa por saudades dos filhos e do Brasil. Ela se dizia uma cantora eminentemente brasileira.
Creative Commons - CC BY 3.0 - Elis Regina/ Divulgação
3. "Black is beautiful"
Elis foi diretamente investigada pelo DOPS, órgão de repressão da ditadura militar, e chegou a ser intimada para depor nesse departamento, devido a sua ligação musical com o movimento negro norte-americano (evidenciada pela gravação da canção "Black is beautiful", em 1971) e por interpretar compositores tidos como subversivos. Um diplomata sueco chegou a ser detido durante uma manifestação anti-ditadura por portar um LP de Elis.
4. Elis & Tom
Elis foi reprovada por Tom Jobim, em 1964, durante as audições para o disco Pobre Menina Rica, sob a alegação de que ela ainda era muito provinciana. Exatamente dez anos depois, gravaram juntos o disco Elis & Tom, histórico registro da MPB. O disco foi o presente dado à Elis pela gravadora ao completar dez anos de gravações na antiga Philips, atual Universal.
5. Chico Buarque
A música "Atrás da porta", gravada por Elis em 1972, ainda não estava finalizada e era apenas um rascunho quando foi ouvida por Roberto Menescal, seu produtor à época. Elis gravou apenas a parte inicial da letra, fazendo vocalises durante o resto da canção. O registro foi enviado a Chico Buarque, que a finalizou instantaneamente.
6. Romaria
Elis não gostava de cantar sucessos antigos em seus shows, e a partir de 1978 deixou de cantar "Romaria" particularmente após uma fã vir lhe pedir um autógrafo, aos prantos, segurando uma imagem de Nossa Senhora, como se viesse receber uma bênção.
7. Interpretação
Alguns compositores ficavam receosos de gravar suas próprias canções após Elis as ter interpretado, tão forte era a marca de seu registro. Gilberto Gil, após vê-la cantando "Se eu quiser falar com Deus" em um show, se perguntou: "Como é que eu vou cantar essa música agora?"
Creative Commons - CC BY 3.0 - Elis Regina, 1979
8. Jogos de palavras
A canção "Aprendendo a jogar", de Guilherme Arantes, registrada no disco Elis, de 1980, foi criada a partir de brincadeiras que a própria Elis fazia com os ditados, como "Água mole em pedra dura vale mais que dois voando".
9. Trilha sonora
A canção "Me deixas louca", seu último sucesso e parte da trilha sonora da novela Brilhante, de 1981, foi enviada para Simone, Maria Bethânia e Gal Costa, e ignorada pelas três antes de Elis gravá-la.
10. Religião
Elis era espírita, estudiosa de Allan Kardec e chegou a psicografar cartas. além de fazer shows beneficentes para instituições sociais. Devido à sua afinidade com a religião, foi convidada a participar de um especial em homenagem a Chico Xavier, cantando a canção "No céu da vibração", de 1980.
11. Piano
Elis estudou piano brevemente durante a infância com uma professora particular. Após concluir a fase inicial, a professora sugeriu a procura de um conservatório que, por sua vez, exigia que o aluno tivesse o instrumento em casa. “Entre comer e ter o piano, meus pais escolheram comer, o que a longo prazo eu achei ótimo”, disse Elis em entrevista em 1972.
Creative Commons - CC BY 3.0 - Imagem - Elis Regina
12. Festivais
Elis Regina defendeu duas músicas no I Festival de Música Popular Brasileira da TV Excelsior, em 1965. Embora tenha ganhado o festival com a música “Arrastão” (Edu Lobo e Vinícius de Moraes), dizia que sua favorita era “Por um amor maior” (Francis Hime e Rui Guerra), cujo registro está no álbum “Samba eu canto assim”, gravado antes do festival e lançado em seguida.
13. Luta por direitos autorais
Os direitos trabalhistas dos músicos brasileiros eram preocupação permanente de Elis Regina. Em 1978, criou a Associação de Músicos e Intérpretes (ASSIM), na tentativa de reparar músicos do que considerava uma grande injustiça: ao gravar discos, instrumentistas eram obrigados a abrir mão de seus direitos conexos.
14. "Ella Fitzgerald" brasileira
Após se apresentar no Festival de Jazz de Montreux, na Suíça, em 1979, Elis era chamada pelo público e pela crítica europeus de "a nova Ella Fitzgerald". Antes de se apresentar, Elis teve uma crise de choro ao se lembrar que ela, filha de lavadeira, iria se apresentar no mesmo palco que os grandes gênios da música mundial. Ao final de show, foi convidada a se apresentar, sem ensaio, com Hermeto Paschoal, numa apresentação que até hoje é considerada histórica. Por não ter aprovado seu desempenho no show, Elis não autorizou o lançamento do álbum, que veio ao público apenas após sua morte, em 1982.
Creative Commons - CC BY 3.0 - Elis Regina
15. Bilheteria
O espetáculo “Falso Brilhante” (1976) é considerado um marco do show business brasileiro. Ficou 14 meses em cartaz, com 257 apresentações e público de 280 mil pessoas. Teve gastos iniciais de 560 milhões de cruzeiros e arrecadação em bilheteria de mais de 8 bilhões de cruzeiros.
16. Vanguarda Paulistana
Em 1982, Elis Regina revelava em entrevista ao Jogo da Verdade (TV Cultura) que Itamar Assumpção e Arrigo Barnabé eram os artistas que lhe chamavam atenção naquele momento. “Com Sabor de Veneno, (Arrigo Barnabé), eu tinha delírios, o olho virava de paixão”.
No início de 1982, pouco antes de sua morte, em 19 de janeiro, Elis começava a preparar um novo disco. Anotações na agenda da cantora traziam lista do que podia ser o repertório de seu novo trabalho, com músicas de Milton Nascimento (Nos bailes da Vida, Tudo que você podia ser) e Tom Jobim (Falando de amor).
Mais lembranças
O Viva Maria também homenageia Elis Regina nesta terça (17/03) com uma viagem pela Casa de Cultura Mario Quintana, e Porto Alegre, que abriga o Acervo Elis Regina, espaço que foi especialmente planejado para reunir sua memória. Ouça:
Em 2013, O Portal EBC homenageou Elis com um especial sobre o álbum "Essa Mulher", lançado em 1979. Nele, Elis Regina comenta, em entrevista à Rádio Nacional do Rio de Janeiro, cada uma das faixas do vídeo. Relembre:
*Marcus Bringel é mestrando em Literatura pela Universidade de Brasília e participou da elaboração da nossa homenagem de forma colaborativa
www.elisregina.com.br
Fonte: http://www.ebc.com.br/
Por Marcus Bringel* e Anderson Falcão Edição:Ana Elisa Santana Fonte:Portal EBC
Elis Regina, 70 anos: conheça 17 curiosidades sobre a cantora
17/03/15

Elis Regina Carvalho Costa, a Elis Regina, passou como um furacão pela Música Popular Brasileira entre a década de 1960 e o início da década de 1980, quando morreu precocemente, aos 36 anos. Vendeu 4 milhões de discos em 18 anos de carreira. Qualidade vocal, presença de palco e personalidade colocaram Elis na história como uma das mais importantes cantoras e intérpretes brasileiras.
Neste 17 de março de 2015, Elis completaria 70 anos de idade. Em homenagem à cantora, um site oficial www.elisregina.com.br, foi lançado hoje com sua biografia, fotos e depoimentos de amigos e pessoas que trabalharam e conviveram com a cantora. Aqui no Portal EBC, nós selecionamos 17 curiosidades para que você saiba mais sobre sua vida e carreira:
www.elisregina.com.br
1. Em Londres
Elis impressionou o maestro inglês Peter Knight e sua orquestra ao gravarem juntos o disco Elis in London, de 1969, ao vivo, sem repetir nenhuma das doze canções. Foi aplaudida de pé pelos músicos ao final da gravação. O disco só seria lançado no Brasil em 1982, após sua morte.
2. Brasil e família
Por duas vezes, Elis desistiu de desenvolver sua carreira internacional na Europa por saudades dos filhos e do Brasil. Ela se dizia uma cantora eminentemente brasileira.
Creative Commons - CC BY 3.0 - Elis Regina/ Divulgação
3. "Black is beautiful"
Elis foi diretamente investigada pelo DOPS, órgão de repressão da ditadura militar, e chegou a ser intimada para depor nesse departamento, devido a sua ligação musical com o movimento negro norte-americano (evidenciada pela gravação da canção "Black is beautiful", em 1971) e por interpretar compositores tidos como subversivos. Um diplomata sueco chegou a ser detido durante uma manifestação anti-ditadura por portar um LP de Elis.
4. Elis & Tom
Elis foi reprovada por Tom Jobim, em 1964, durante as audições para o disco Pobre Menina Rica, sob a alegação de que ela ainda era muito provinciana. Exatamente dez anos depois, gravaram juntos o disco Elis & Tom, histórico registro da MPB. O disco foi o presente dado à Elis pela gravadora ao completar dez anos de gravações na antiga Philips, atual Universal.
5. Chico Buarque
A música "Atrás da porta", gravada por Elis em 1972, ainda não estava finalizada e era apenas um rascunho quando foi ouvida por Roberto Menescal, seu produtor à época. Elis gravou apenas a parte inicial da letra, fazendo vocalises durante o resto da canção. O registro foi enviado a Chico Buarque, que a finalizou instantaneamente.
6. Romaria
Elis não gostava de cantar sucessos antigos em seus shows, e a partir de 1978 deixou de cantar "Romaria" particularmente após uma fã vir lhe pedir um autógrafo, aos prantos, segurando uma imagem de Nossa Senhora, como se viesse receber uma bênção.
7. Interpretação
Alguns compositores ficavam receosos de gravar suas próprias canções após Elis as ter interpretado, tão forte era a marca de seu registro. Gilberto Gil, após vê-la cantando "Se eu quiser falar com Deus" em um show, se perguntou: "Como é que eu vou cantar essa música agora?"

Creative Commons - CC BY 3.0 - Elis Regina, 1979
8. Jogos de palavras
A canção "Aprendendo a jogar", de Guilherme Arantes, registrada no disco Elis, de 1980, foi criada a partir de brincadeiras que a própria Elis fazia com os ditados, como "Água mole em pedra dura vale mais que dois voando".
9. Trilha sonora
A canção "Me deixas louca", seu último sucesso e parte da trilha sonora da novela Brilhante, de 1981, foi enviada para Simone, Maria Bethânia e Gal Costa, e ignorada pelas três antes de Elis gravá-la.
10. Religião
Elis era espírita, estudiosa de Allan Kardec e chegou a psicografar cartas. além de fazer shows beneficentes para instituições sociais. Devido à sua afinidade com a religião, foi convidada a participar de um especial em homenagem a Chico Xavier, cantando a canção "No céu da vibração", de 1980.
11. Piano
Elis estudou piano brevemente durante a infância com uma professora particular. Após concluir a fase inicial, a professora sugeriu a procura de um conservatório que, por sua vez, exigia que o aluno tivesse o instrumento em casa. “Entre comer e ter o piano, meus pais escolheram comer, o que a longo prazo eu achei ótimo”, disse Elis em entrevista em 1972.

Creative Commons - CC BY 3.0 - Imagem - Elis Regina
12. Festivais
Elis Regina defendeu duas músicas no I Festival de Música Popular Brasileira da TV Excelsior, em 1965. Embora tenha ganhado o festival com a música “Arrastão” (Edu Lobo e Vinícius de Moraes), dizia que sua favorita era “Por um amor maior” (Francis Hime e Rui Guerra), cujo registro está no álbum “Samba eu canto assim”, gravado antes do festival e lançado em seguida.
13. Luta por direitos autorais
Os direitos trabalhistas dos músicos brasileiros eram preocupação permanente de Elis Regina. Em 1978, criou a Associação de Músicos e Intérpretes (ASSIM), na tentativa de reparar músicos do que considerava uma grande injustiça: ao gravar discos, instrumentistas eram obrigados a abrir mão de seus direitos conexos.
14. "Ella Fitzgerald" brasileira
Após se apresentar no Festival de Jazz de Montreux, na Suíça, em 1979, Elis era chamada pelo público e pela crítica europeus de "a nova Ella Fitzgerald". Antes de se apresentar, Elis teve uma crise de choro ao se lembrar que ela, filha de lavadeira, iria se apresentar no mesmo palco que os grandes gênios da música mundial. Ao final de show, foi convidada a se apresentar, sem ensaio, com Hermeto Paschoal, numa apresentação que até hoje é considerada histórica. Por não ter aprovado seu desempenho no show, Elis não autorizou o lançamento do álbum, que veio ao público apenas após sua morte, em 1982.

Creative Commons - CC BY 3.0 - Elis Regina
15. Bilheteria
O espetáculo “Falso Brilhante” (1976) é considerado um marco do show business brasileiro. Ficou 14 meses em cartaz, com 257 apresentações e público de 280 mil pessoas. Teve gastos iniciais de 560 milhões de cruzeiros e arrecadação em bilheteria de mais de 8 bilhões de cruzeiros.
16. Vanguarda Paulistana
Em 1982, Elis Regina revelava em entrevista ao Jogo da Verdade (TV Cultura) que Itamar Assumpção e Arrigo Barnabé eram os artistas que lhe chamavam atenção naquele momento. “Com Sabor de Veneno, (Arrigo Barnabé), eu tinha delírios, o olho virava de paixão”.
No início de 1982, pouco antes de sua morte, em 19 de janeiro, Elis começava a preparar um novo disco. Anotações na agenda da cantora traziam lista do que podia ser o repertório de seu novo trabalho, com músicas de Milton Nascimento (Nos bailes da Vida, Tudo que você podia ser) e Tom Jobim (Falando de amor).
Mais lembranças
O Viva Maria também homenageia Elis Regina nesta terça (17/03) com uma viagem pela Casa de Cultura Mario Quintana, e Porto Alegre, que abriga o Acervo Elis Regina, espaço que foi especialmente planejado para reunir sua memória. Ouça:
Em 2013, O Portal EBC homenageou Elis com um especial sobre o álbum "Essa Mulher", lançado em 1979. Nele, Elis Regina comenta, em entrevista à Rádio Nacional do Rio de Janeiro, cada uma das faixas do vídeo. Relembre:
*Marcus Bringel é mestrando em Literatura pela Universidade de Brasília e participou da elaboração da nossa homenagem de forma colaborativa
www.elisregina.com.br
Fonte: http://www.ebc.com.br/
Por Marcus Bringel* e Anderson Falcão Edição:Ana Elisa Santana Fonte:Portal EBC
terça-feira, 17 de março de 2015
segunda-feira, 16 de março de 2015
Elis Regina ganha web site com biografia completa
Elis Regina ganha web site com biografia completa e outros presentes para os fãs nesta semana
Lançamento na terça, 17, inclui fotos, vídeos e uma biografia completa.
Falecida há 33 anos, nesta próxima terça-feira (17) os fãs de Elis Regina poderão se sentir um pouco mais próximos da icônica cantora brasileira pois será lançado seu web site oficial.
www.elisregina.com.br
Entra no ar nesta semana o www.elisregina.com.br, justamente na data de aniversário de nascimento e de carreira da cantora, que se viva, faria 70 anos de vida e 50 de carreira. Idealizado pelo filho mais velho de Elis, João Marcelo Bôscoli, empresário e produtor musical de 44 anos, o site chega ao público após insistência dos fãs da artista, que sempre desejaram um espaço online com conteúdos da cantora.
"Eles sentiam falta de um espaço oficial com informações da Elis. Ea algo que realmente faltava", disse Bôscoli em entrevista.
Disponível no site estará todo o conteúdo da exposição "Viva Elis", que aconteceu em algumas cidades brasileiras em 2012, além de fotos, vídeos exclusivos e o livro "Viva Elis" completo, biografia artística da cantora escrita por Allen Guimarães, que estará gratuitamente disponível para download.
Apesar da boa notícia, atente para o fato de que os conteúdos não serão liberados todos de uma só vez. "O mais importante para mim é que a pessoa que queira conhecer a Elis tenha um lugar com fotos e vídeos", comentou o produtor musical, que além do site deve promover um show para comemorar os 70 anos da mãe.

O evento tem data marcada para 23 e 24 de maio no Palácio das Convenções do Anhembi. Bôscoli e Luis Carlos Miele apresentam o evento, contando histórias de Elis ao público e fãs e chamando ao palco compositores que fizeram parte da vida da artista, como João Bosco e a cantora Maria Rita, sua filha, que fez parte de uma homenagem à mãe há algum tempo atrás onde interpretou suas canções por diversas cidades brasileiras.
"É como se fosse a festa de aniversário dela. Espero que as pessoas fiquem emocionadas", comenta Bôscoli. Para o evento, já estão sendo vendidos os ingressos no site da produtora Ticket 360.
Bôscoli ainda revelou que além do show de homenagens aos aniversários de Elis, e do site, uma série sobre sua vida segue em produção. "É um presente de aniversário para minha mãe", conclui.
Elis 70 »

Livro 'Elis Regina- Nada será como antes' joga novas luzes sobre a trajetória da cantora
Artista morreu em 1982, aos 36 anos e completaria 70 anos na próxima terça-feira
Mariana Peixoto
“Tenho tantos problemas quanto você. Não me culpe. Antes, procure me compreender. Sou resultado do que a vida fez comigo, inconsciente e inconsequentemente.” O quase pedido de desculpas pertence a Elis Regina. O destinatário deste desabafo não é um ex-namorado, ex-marido, músico ou cantor com quem a maior cantora do Brasil tenha se estranhado. É o filho mais velho, João Marcello Bôscoli.
O registro foi feito quando seu primogênito não tinha a menor consciência dos atos da mãe. Foi escrito por Elis em 14 de junho de 1971, quando o garoto estava prestes a completar um ano. A carta só deveria ser lida por ele quando completasse 18. Após a morte de Elis, em 19 de janeiro de 1982, sua amiga Orphila Negrão encontrou o documento. Guardou a missiva ao longo de todos estes anos. João Marcello só foi tomar conhecimento dela recentemente, prestes a completar 45 anos.A carta é um dos muitos achados do jornalista paulistano Julio Maria ao longo dos quatro anos de garimpo na história de Elis Regina. Era uma criança tal qual os três filhos da cantora quando ela morreu, deixando um país órfão e estupefato.
Convidado para escrever um perfil que celebrasse a cantora quando dos 30 anos de sua morte (em 2012), não levou mais do que duas entrevistas para decidir mudar o projeto. Ao invés de um retrato simpático e rasteiro diante da urgência (deveria ser entregue em seis meses), um prazo maior e um mergulho profundo em sua trajetória.
Em 'Elis Regina – Nada será como antes' (Master Books), Julio Maria traça um retrato de Elis com uma escrita fluida, embasada em pesquisa e longos depoimentos. Evitando o tom preguiçoso das referências que assolam narrativas do gênero, ele consegue preencher 400 páginas com uma grande reportagem que emociona e exaspera.
Foram 130 entrevistados – dos procurados, somente Chico Buarque não respondeu. A partir da morte de Elis – descrita com riqueza de detalhes, vários pontos de vista e até um certo suspense –, o autor desenrola sua história desde a infância pobre, em Porto Alegre.
Muitas histórias mal contadas – quando brigava com uma pessoa, ela a apagava de sua vida, inventando uma nova versão do caso, sem que o personagem estivesse presente – que o autor esclarece em nova perspectiva. Tem ainda o registro inédito de pessoas muito próximas a ela, que nunca haviam revelado alguns fatos.
Milton Nascimento, o primeiro dos novos compositores revelados por ela (Fagner, Ivan Lins, João Bosco), avesso a longas conversas com jornalistas, surge no livro em várias ocasiões. Há tanto o registro do primeiro momento – ele, intimidado; ela ignorando-o – quanto do último, quando o cantor passou um dia inteiro sozinho na praia ao saber da morte de Elis.
Era genial e geniosa em igual quantidade. Cantoras sofreram por sua causa, algumas irreversivelmente. Não admitia que ninguém lhe fizesse sombra. Beth Carvalho ficou 20 anos sem falar com Cesar Camargo Mariano quando ele “roubou” Folhas secas, fazendo com que Elis a lançasse antes.
Elis demitiu sua própria banda do palco ao fim de um show – Toninho Horta fazia parte da formação. Mas soube ser generosa com quem lhe era caro – conseguiu um aumento substancial para o músico Caçulinha, no programa O fino da bossa, na base do “é assim que eu quero”. Sofreu de amores – seu ruidoso casamento com Bôscoli é o melhor exemplo – mas fez sofrer também. Seu então produtor, Nelson Motta, se separou da mulher para ficar com ela e foi despachado num telefonema frio.
Teve que se curvar a Tom Jobim para gravar o clássico Elis e Tom (o maestro a havia dispensado quando a conheceu). E é na música que o gênio se sobrepõe ao mau gênio. Não haverá outra como Elis, é o que Nada será como antes deixa claro. Ainda que em mais de um momento a biografia não faça um retrato simpático da biografada, é um volume precioso para conhecê-la.
TRECHO de 'Elis Regina – Nada será como antes'
Cesar Camargo Mariano, pai de Pedro, passou por ele sem muitos carinhos. Seus olhos estavam tristes e vermelhos, sua barba feita e um braço enfaixado. De tudo, o mais estranho era o fato de estar ali pela primeira vez em pouco mais de seis meses, desde que havia se separado de Elis. O menino dirigiu-se aos adultos para saber o que havia de errado. 'Nada, Pedro, vai brincar', disse uma das empregadas. O telefone da casa tocou e seu irmão João atendeu. Era o jornalista de uma emissora de rádio. 'Bom-dia. Por favor, é da casa da Elis Regina?' 'É, mas ela não está', respondeu o garoto. 'É só para confirmar: soubemos que ela morreu nesta manhã, é isso mesmo?' Com a maturidade de um menino de 11 anos, João sorriu sem graça daquilo que lhe pareceu piada, desligou o telefone e voltou a brincar. Pedro passou pela sala, ligou a TV e se sentou para assistir a um desenho no instante em que um plantão do Jornal Hoje, da Globo, começou a lhe dar as respostas que os adultos haviam negado.”
PARA JULIO MARIA:
'Nada será como antes' é a primeira biografia de peso publicada no país após a polêmica das biografias não autorizadas. Seu livro nasceu como uma encomenda da editora Master Books, da apresentadora Eliana, ex-mulher de João Marcello Bôscoli. Que embates enfrentou no processo?
Sabia que iria haver patrulha por causa da editora. Tínhamos que seguir a legislação de hoje, então iríamos submeter o livro aos herdeiros. Quis uma garantia da editora de que, se houvesse algum pedido surreal, se quisessem mutilar o livro, eu poderia escolher não o publicar. Pois no momento em que há um monte de biografia embargada, essa família me deu carta branca para escrever.
O João Marcello demorou a ler. Finalmente me chamou para conversar, e disse que a demora aconteceu porque ele não aguentava ler algumas partes, então parava por alguns dias e voltava depois. Disse: 'Em alguns momentos, gostei menos da minha mãe'. Não me pediu para tirar nada. O Pedro Mariano também demorou para responder. Quando falou comigo, disse que finalmente havia conseguido conhecer a mãe. 'Também agora me conheço um pouco melhor.' E a Maria Rita, como não me respondia, fui encontrar no camarim depois de um show. Disse que não iria ler o livro, mas que poderia publicá-lo, que não seria ela a pessoa a dizer se havia gostado ou não.
A morte de Elis gerou muita polêmica. Como conseguiu o inquérito policial, que vem à luz somente em seu livro?
É uma questão simples: ninguém havia ido atrás antes. É um documento público, e eu pedi para desarquivar. Parecia meio molhado, todo manchado, enrugado. Ele estava no arquivo do Tribunal de Justiça e quase foi perdido por causa de uma enchente. O documento traz todos os depoimentos dos envolvidos, todos que estiveram com Elis naquele dia. E ali está a causa da morte, ingestão de álcool. Ouvi 130 pessoas, obviamente não queria que tivesse um fiozinho solto. Há teorias como suicídio, assassinato. Mas não há indício nenhum. O que há de seriíssimo é que mexeram no quarto. O irmão da Elis (Rogério) volta lá e limpa o quarto, que estava sujo de cocaína. Também recoloca a fechadura. Então, quando a perícia chega, está diferente. Mas o próprio Samuel (MacDowell, que namorava Elis à época) disse que sempre achou que havia sido droga mesmo. A questão é que, 33 anos depois, o tempo torna-se um aliado. As pessoas não estão mais traumatizadas, tem gente que consumia droga com a Elis e se culpava. O tempo absolve.
O que fez de Elis a maior cantora do Brasil?
Caras com mais bagagem técnica como o Edu Lobo definem a Elis como instrumentista. Sem ter conhecimento teórico, ela atua como se fosse uma instrumentista de jazz, pedia acordes maiores ou menores. E o tempo todo ela está economizando a voz, nunca vai ao limite. Cada interpretação é um coelho que tira da cartola. Sua vocalização pode trazer tanto influência de Ella Fitzgerald quanto de Ângela Maria e Cauby Peixoto, sem a mesma empostação. É uma coleção que permite com que cada disco seja uma história. Então, temos que reconhecer que, com Elis, não teve para mais ninguém.
Com informações do portal Diário do Grande ABC.
Lançamento na terça, 17, inclui fotos, vídeos e uma biografia completa.
Falecida há 33 anos, nesta próxima terça-feira (17) os fãs de Elis Regina poderão se sentir um pouco mais próximos da icônica cantora brasileira pois será lançado seu web site oficial.
www.elisregina.com.br
Entra no ar nesta semana o www.elisregina.com.br, justamente na data de aniversário de nascimento e de carreira da cantora, que se viva, faria 70 anos de vida e 50 de carreira. Idealizado pelo filho mais velho de Elis, João Marcelo Bôscoli, empresário e produtor musical de 44 anos, o site chega ao público após insistência dos fãs da artista, que sempre desejaram um espaço online com conteúdos da cantora.
"Eles sentiam falta de um espaço oficial com informações da Elis. Ea algo que realmente faltava", disse Bôscoli em entrevista.
Disponível no site estará todo o conteúdo da exposição "Viva Elis", que aconteceu em algumas cidades brasileiras em 2012, além de fotos, vídeos exclusivos e o livro "Viva Elis" completo, biografia artística da cantora escrita por Allen Guimarães, que estará gratuitamente disponível para download.
Apesar da boa notícia, atente para o fato de que os conteúdos não serão liberados todos de uma só vez. "O mais importante para mim é que a pessoa que queira conhecer a Elis tenha um lugar com fotos e vídeos", comentou o produtor musical, que além do site deve promover um show para comemorar os 70 anos da mãe.
O evento tem data marcada para 23 e 24 de maio no Palácio das Convenções do Anhembi. Bôscoli e Luis Carlos Miele apresentam o evento, contando histórias de Elis ao público e fãs e chamando ao palco compositores que fizeram parte da vida da artista, como João Bosco e a cantora Maria Rita, sua filha, que fez parte de uma homenagem à mãe há algum tempo atrás onde interpretou suas canções por diversas cidades brasileiras.
"É como se fosse a festa de aniversário dela. Espero que as pessoas fiquem emocionadas", comenta Bôscoli. Para o evento, já estão sendo vendidos os ingressos no site da produtora Ticket 360.
Bôscoli ainda revelou que além do show de homenagens aos aniversários de Elis, e do site, uma série sobre sua vida segue em produção. "É um presente de aniversário para minha mãe", conclui.
Elis 70 »

Livro 'Elis Regina- Nada será como antes' joga novas luzes sobre a trajetória da cantora
Artista morreu em 1982, aos 36 anos e completaria 70 anos na próxima terça-feira
Mariana Peixoto
“Tenho tantos problemas quanto você. Não me culpe. Antes, procure me compreender. Sou resultado do que a vida fez comigo, inconsciente e inconsequentemente.” O quase pedido de desculpas pertence a Elis Regina. O destinatário deste desabafo não é um ex-namorado, ex-marido, músico ou cantor com quem a maior cantora do Brasil tenha se estranhado. É o filho mais velho, João Marcello Bôscoli.
O registro foi feito quando seu primogênito não tinha a menor consciência dos atos da mãe. Foi escrito por Elis em 14 de junho de 1971, quando o garoto estava prestes a completar um ano. A carta só deveria ser lida por ele quando completasse 18. Após a morte de Elis, em 19 de janeiro de 1982, sua amiga Orphila Negrão encontrou o documento. Guardou a missiva ao longo de todos estes anos. João Marcello só foi tomar conhecimento dela recentemente, prestes a completar 45 anos.A carta é um dos muitos achados do jornalista paulistano Julio Maria ao longo dos quatro anos de garimpo na história de Elis Regina. Era uma criança tal qual os três filhos da cantora quando ela morreu, deixando um país órfão e estupefato.
Convidado para escrever um perfil que celebrasse a cantora quando dos 30 anos de sua morte (em 2012), não levou mais do que duas entrevistas para decidir mudar o projeto. Ao invés de um retrato simpático e rasteiro diante da urgência (deveria ser entregue em seis meses), um prazo maior e um mergulho profundo em sua trajetória.
Em 'Elis Regina – Nada será como antes' (Master Books), Julio Maria traça um retrato de Elis com uma escrita fluida, embasada em pesquisa e longos depoimentos. Evitando o tom preguiçoso das referências que assolam narrativas do gênero, ele consegue preencher 400 páginas com uma grande reportagem que emociona e exaspera.
Foram 130 entrevistados – dos procurados, somente Chico Buarque não respondeu. A partir da morte de Elis – descrita com riqueza de detalhes, vários pontos de vista e até um certo suspense –, o autor desenrola sua história desde a infância pobre, em Porto Alegre.
Muitas histórias mal contadas – quando brigava com uma pessoa, ela a apagava de sua vida, inventando uma nova versão do caso, sem que o personagem estivesse presente – que o autor esclarece em nova perspectiva. Tem ainda o registro inédito de pessoas muito próximas a ela, que nunca haviam revelado alguns fatos.
Milton Nascimento, o primeiro dos novos compositores revelados por ela (Fagner, Ivan Lins, João Bosco), avesso a longas conversas com jornalistas, surge no livro em várias ocasiões. Há tanto o registro do primeiro momento – ele, intimidado; ela ignorando-o – quanto do último, quando o cantor passou um dia inteiro sozinho na praia ao saber da morte de Elis.
Era genial e geniosa em igual quantidade. Cantoras sofreram por sua causa, algumas irreversivelmente. Não admitia que ninguém lhe fizesse sombra. Beth Carvalho ficou 20 anos sem falar com Cesar Camargo Mariano quando ele “roubou” Folhas secas, fazendo com que Elis a lançasse antes.
Elis demitiu sua própria banda do palco ao fim de um show – Toninho Horta fazia parte da formação. Mas soube ser generosa com quem lhe era caro – conseguiu um aumento substancial para o músico Caçulinha, no programa O fino da bossa, na base do “é assim que eu quero”. Sofreu de amores – seu ruidoso casamento com Bôscoli é o melhor exemplo – mas fez sofrer também. Seu então produtor, Nelson Motta, se separou da mulher para ficar com ela e foi despachado num telefonema frio.
Teve que se curvar a Tom Jobim para gravar o clássico Elis e Tom (o maestro a havia dispensado quando a conheceu). E é na música que o gênio se sobrepõe ao mau gênio. Não haverá outra como Elis, é o que Nada será como antes deixa claro. Ainda que em mais de um momento a biografia não faça um retrato simpático da biografada, é um volume precioso para conhecê-la.
TRECHO de 'Elis Regina – Nada será como antes'
Cesar Camargo Mariano, pai de Pedro, passou por ele sem muitos carinhos. Seus olhos estavam tristes e vermelhos, sua barba feita e um braço enfaixado. De tudo, o mais estranho era o fato de estar ali pela primeira vez em pouco mais de seis meses, desde que havia se separado de Elis. O menino dirigiu-se aos adultos para saber o que havia de errado. 'Nada, Pedro, vai brincar', disse uma das empregadas. O telefone da casa tocou e seu irmão João atendeu. Era o jornalista de uma emissora de rádio. 'Bom-dia. Por favor, é da casa da Elis Regina?' 'É, mas ela não está', respondeu o garoto. 'É só para confirmar: soubemos que ela morreu nesta manhã, é isso mesmo?' Com a maturidade de um menino de 11 anos, João sorriu sem graça daquilo que lhe pareceu piada, desligou o telefone e voltou a brincar. Pedro passou pela sala, ligou a TV e se sentou para assistir a um desenho no instante em que um plantão do Jornal Hoje, da Globo, começou a lhe dar as respostas que os adultos haviam negado.”
PARA JULIO MARIA:
'Nada será como antes' é a primeira biografia de peso publicada no país após a polêmica das biografias não autorizadas. Seu livro nasceu como uma encomenda da editora Master Books, da apresentadora Eliana, ex-mulher de João Marcello Bôscoli. Que embates enfrentou no processo?
Sabia que iria haver patrulha por causa da editora. Tínhamos que seguir a legislação de hoje, então iríamos submeter o livro aos herdeiros. Quis uma garantia da editora de que, se houvesse algum pedido surreal, se quisessem mutilar o livro, eu poderia escolher não o publicar. Pois no momento em que há um monte de biografia embargada, essa família me deu carta branca para escrever.
O João Marcello demorou a ler. Finalmente me chamou para conversar, e disse que a demora aconteceu porque ele não aguentava ler algumas partes, então parava por alguns dias e voltava depois. Disse: 'Em alguns momentos, gostei menos da minha mãe'. Não me pediu para tirar nada. O Pedro Mariano também demorou para responder. Quando falou comigo, disse que finalmente havia conseguido conhecer a mãe. 'Também agora me conheço um pouco melhor.' E a Maria Rita, como não me respondia, fui encontrar no camarim depois de um show. Disse que não iria ler o livro, mas que poderia publicá-lo, que não seria ela a pessoa a dizer se havia gostado ou não.
A morte de Elis gerou muita polêmica. Como conseguiu o inquérito policial, que vem à luz somente em seu livro?
É uma questão simples: ninguém havia ido atrás antes. É um documento público, e eu pedi para desarquivar. Parecia meio molhado, todo manchado, enrugado. Ele estava no arquivo do Tribunal de Justiça e quase foi perdido por causa de uma enchente. O documento traz todos os depoimentos dos envolvidos, todos que estiveram com Elis naquele dia. E ali está a causa da morte, ingestão de álcool. Ouvi 130 pessoas, obviamente não queria que tivesse um fiozinho solto. Há teorias como suicídio, assassinato. Mas não há indício nenhum. O que há de seriíssimo é que mexeram no quarto. O irmão da Elis (Rogério) volta lá e limpa o quarto, que estava sujo de cocaína. Também recoloca a fechadura. Então, quando a perícia chega, está diferente. Mas o próprio Samuel (MacDowell, que namorava Elis à época) disse que sempre achou que havia sido droga mesmo. A questão é que, 33 anos depois, o tempo torna-se um aliado. As pessoas não estão mais traumatizadas, tem gente que consumia droga com a Elis e se culpava. O tempo absolve.
O que fez de Elis a maior cantora do Brasil?
Caras com mais bagagem técnica como o Edu Lobo definem a Elis como instrumentista. Sem ter conhecimento teórico, ela atua como se fosse uma instrumentista de jazz, pedia acordes maiores ou menores. E o tempo todo ela está economizando a voz, nunca vai ao limite. Cada interpretação é um coelho que tira da cartola. Sua vocalização pode trazer tanto influência de Ella Fitzgerald quanto de Ângela Maria e Cauby Peixoto, sem a mesma empostação. É uma coleção que permite com que cada disco seja uma história. Então, temos que reconhecer que, com Elis, não teve para mais ninguém.
Com informações do portal Diário do Grande ABC.
Blur anuncia novo álbum, The Magic Whip - ouça a inédita "Go Out"
Blur anuncia novo álbum, The Magic Whip - ouça a inédita "Go Out"
The Magic Whip é o primeiro álbum da banda desde 2002
O Blur faz o lançamento de seu de seu novo álbum, The Magic Whip, dia 27 de abril. Esse será o primeiro álbum do grupo desde 2003.

Confira a imagem da capa e a lista de faixas:
01. Lonesome Street
02. New World Towers
03. Go Out
04. Ice Cream Man
05. Thought I Was A Spaceman
06. I Broadcast
07. My Terracotta Heart
08. There Are Too Many Of Us
09. Ghost Ship
10. Pyongyang
11. Ong Ong
12. Mirrorball
O Blur faz o lançamento de seu de seu novo álbum, The Magic Whip, dia 27 de abril. Esse será o primeiro álbum do grupo desde 2003.
Confira a imagem da capa e a lista de faixas:
01. Lonesome Street
02. New World Towers
03. Go Out
04. Ice Cream Man
05. Thought I Was A Spaceman
06. I Broadcast
07. My Terracotta Heart
08. There Are Too Many Of Us
09. Ghost Ship
10. Pyongyang
11. Ong Ong
12. Mirrorball
Assista ao primeiro trailer de Montage Of Heck, documentário sobre a vida de Kurt Cobain
Veja o trailer oficial do documentário sobre Kurt Cobain
Montage Of Heck estreia na HBO norte-americana no dia 4 de maioO filme foi exibido nos festivais de Sundance e de Berlim e ainda faltam menos de dois meses para a sua estreia – mas, temos o trailer para o documentário Kurt Cobain: Montage of Heck, o primeiro filme biográfico autorizado sobre o vocalista do Nirvana e ícone rock dos anos 1990.
São dois minutos e meio para 132 minutos de filme, realizado por Brett Morgen e que tem como produtora executiva a filha do músico, Frances Bean Cobain. Ela surge como um bebé loiro soprando uma vela no seu segundo aniversário, uma voz infantil que se anuncia “sou Kurt Cobain”, uma voz grave que testa um microfone e um adulto de cabelos vermelhos que foge e brinca com a câmara. E com a sua filha bebé, Frances Bean.

Com estreia agendada nos EUA no canal de televisão por subscrição HBO em 4 de Maio e distribuição comercial nos cinemas (com estreia no Reino Unido a 10 de Abril), Montage of Heck originou ainda um livro e na sua trilha-sonora um inédito acústico de Cobain com a duração de 12 minutos.

Montage of Heck junta animação (de Stefan Nadelman e Hisko Hulsing) e ação real – o diretor chegou, há dois anos, a comparar a sua ambição de juntar esses elementos com The Wall, do Pink Floyd – e extras das muitas horas de vídeos caseiros e algumas reencenações de momentos da vida do autor de All Apologies, Lithium ou Heart-Shaped Box.

O filme estreou em Janeiro no Festival de Sundance e obteve reações sobretudo entusiásticas – “o mais íntimo documentário de rock de todas as épocas”, escreveu a Rolling Stone – mas também menos crentes no sucesso global de Montage of Heck – “demasiado repetitivo para todos à exceção dos maiores fãs, a HBO e a Universal vão ter de fazer muito marketing para tornar isto num sucesso maior”, avisava a Hollywood Reporter. Em pleno revivalismo dos anos 1990 e do grunge, o documentário de Morgen (também autor de Crossfire Hurricane, o documentário de 2012 sobre os Rolling Stones) devolve aos fãs entrevistas com Krist Novoselic, baixista dos Nirvana, com familiares, e muitas das suas músicas.
Mas também promete oferecer “a experiência de Kurt Cobain como nunca antes” foi conseguida, num retrato “inteiramente autorizado” do ícone geracional que se suicidou em sua casa em Seattle em 1994, como se lia na sinopse do filme em Sundance. Essa autorização, que escapou a outros títulos dedicados ao vocalista e guitarrista como Kurt & Courtney ou Kurt Cobain About a Son, permitiu ao realizador ter acesso a “mais de 200 horas de música e áudio inéditos, uma quantidade vasta de projetos artísticos (pinturas a óleo, escultura), inúmeras horas de vídeos caseiros e mais de quatro mil páginas de escritos”, como explicou o próprio Morgen, que ajudaram a compor este perfil documental.
O projeto começou quando a viúva de Cobain, a cantora Courtney Love, abordou Morgen com a ideia do documentário. O título é o mesmo de uma gravação feita por Cobain em 1988.
Assinar:
Postagens (Atom)